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[COLUNA DANI-SE]: Morre Rita Lee, a rainha do rock brasileiro, aos 75 anos!

Hoje é dia de grande tristeza para a música e arte brasileira. Rita Lee Jones de Carvalho, a rainha do rock brasileiro, uma das mais importantes cantoras, compositora e multi-instrumentista da música popular brasileira, faleceu aos 75 anos. Ela lutava contra um câncer de pulmão desde seu diagnóstico em 2021.

Lee foi uma das fundadoras da banda Os Mutantes na década de 1960, uma das bandas de rock psicodélico mais conhecidas e respeitadas do mundo. Também foram pioneiros na mescla do rock and roll com elementos musicais e temáticos brasileiros e fizeram parte do movimento Tropicália na década de 60. Sua música teve grande impacto no Brasil e no mundo, influenciando muitos artistas e bandas como Novos Baianos, Secos & Molhados, Paralamas do Sucesso e Chico Science & Nação Zumbi.

Em 1972, Rita foi expulsa dos Mutantes pois não concordou com a nova fase progressista da banda e com isso também terminou seu casamento com Arnaldo Baptista também integrante dos Mutantes.
Depois de sair dos Mutantes, Rita Lee se uniu a Lúcia Turnbull e juntos, acompanhados pela banda Tutti Frutti, gravaram cinco álbuns e lançaram o hit “Agora só falta você”.

Lee iniciou sua carreira solo em 1979, com um projeto em parceria com seu marido Roberto de Carvalho. Ela teve grande sucesso no rock com álbuns como “Rita Lee”, “Mania de Você”, “Chega Mais” e “Doce Vampiro”. Além disso, “Lança Perfume” e “Baile Comigo” são destaques de sua exploração no pop. Nos anos 80, ela se consolidou como um nome importante do rock nacional e participou do primeiro Rock in Rio. Após uns anos de separação com Roberto de Carvalho , eles voltaram a colaborar em 1995, quando Rita abriu shows dos Rolling Stones no Brasil.

Em 2001, o disco de Rita Lee “3001”ganhou o Grammy Latino de Melhor Álbum de Rock em Língua Portuguesa, e ela recebeu mais cinco indicações ao prêmio posteriormente. Em 2022, a artista recebeu também o prêmio do Grammy Latino de Excelência Musical por sua carreira.
No seu livro “Rita Lee: uma autobiografia”, publicada em 2016, escreveu em um capitulo que foi chamado de “Profecia”, menciona sobre sua morte de como seria lembrada : “Quando eu morrer, posso imaginar as palavras de carinho de quem me detesta. Algumas rádios tocarão minhas músicas sem cobrar jabá, colegas dirão que farei falta no mundo da música, quem sabe até deem meu nome para uma rua sem saída”. E no texto a cantora sugere seu próprio epitáfio: “Ela nunca foi um bom exemplo, mas era gente boa.”


Rita construiu uma emocionante história de vida, e é um bom exemplo de luta pela liberdade, transgressora, revolucionária, rebelde e genial, utilizando a arte na música e mas palavras como armas contra qualquer opositor autoritário, mesmo ele sendo grande como o Estado dominado por uma ditadura militar, e ainda assim, era gente boa. Sua perda é um pesar para todos que conhecem suas obras e acompanharam sua carreira, sabemos que sua luta contra o câncer foi intensa e cansativa, chegando ao seu final de vida como um descanso aliviado. Como ela mesmo disse no final de seu texto ‘Thank you Lord, finally sedated’ em português: Obrigada Senhor, finalmente sedada.

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