8 de março é um importante dia de luta feminina!
Hoje, 8 de março , é um dia para lembrar todas as grandes conquistas das mulheres ao longo dos anos. É um dia para celebrar a força, coragem e determinação de todas as mulheres que lutaram e ainda lutam por direitos iguais, justiça social e igualdade de gênero.
A primeira menção a criação de um dia internacional de homenagem as mulheres foi em 1910, durante a Segunda Conferência Internacional das Mulheres em Copenhague, Clara Zetkin, feminista alemã, propôs que as trabalhadoras de todos os países organizassem um dia especial das mulheres, cujo primeiro objetivo seria promover o direito ao voto feminino.
A inspiração principal para a criação de um dia internacional da mulher, foi o protesto conhecido com “Pão e Paz”, quando em 23 de outubro de 1917, um grupo de operárias russas saíram pelas ruas de São Petersburgo contra a fome e contra a Primeira Guerra Mundial. Essa manifestação de mulheres trabalhadoras foi um dos estopins para a Revolução Russa.
Diferente do que é propagado, o incêndio na fábrica Triangle Shirtwaist, em Nova York, que matou 146 trabalhadores, sendo 125 mulheres de 13 a 23 anos. A tragédia não tem ligação direta com a origem do Dia Internacional das Mulheres, mas tem muito sobre a luta das mulheres operárias estadunidenses, resultando em debates sobre condições de segurança no trabalho e o crescimento dos sindicatos por todo os EUA.
Na década de 60 intesificou-se na Europa e nas Américas as greves e protestos em lutar pela igualdade de direitos, melhores salários e condições de trabalho para as mulheres. Mas somente 58 anos depois do Protesto “Pão e Paz” , em 1975, que a ONU decretou o Dia Internacional da Mulher, e escolheu o dia 8 de março como o oficial.
É vísivel a articulação do mercado patriarcal para desvincular o teor político do 8 de março, transformá-lo em “uma data inofensiva e comercial ” apagando sua origem de luta das mulheres trabalhadoras. Por isso é importante continuar o legado, apoiar, se solidarizar com a história e memórias de luta das mulheres.
Segue minha seleção de filmes com histórias reais e fictícias de mulheres inspiradoras:
Enola Holmes 2
O filme é baseado na greve das Matchgirls de 1888, e uma das personagens, Sarah Chapman, foi uma pessoa real. A greve foi um protesto contra as precárias condições de trabalho e jornadas de trabalho de 14 horas e salários baixos, e envolveu mais de mil mulheres e meninas que trabalhavam na fábrica Bryant & May no leste de Londres.
Radioactive
Narra a vida de Marie Curie, ‘mãe’ da radiação, e mostra as dificuldades e obstáculos da mulher cientista início do século XX e consequências da descoberta de Curie para a medicina, a indústria e a guerra.
AS SUFRAGISTAS
No início do século XX, após décadas de manifestações pacíficas, as mulheres ainda não possuem o direito de voto no Reino Unido. Um grupo militante decide coordenar atos de insubordinação, quebrando vidraças e explodindo caixas de correio, para chamar a atenção dos políticos locais à causa.
Dona Vilma
É um documentário brasileiro sobre a ativista feminista do movimento negro da cidade de Londrina, Vilma Santos de Oliveira, também conhecida como Yá Mukumby. Uma biografia sobre sua trajetória política e religiosa, com destaque para sua participação na instauração do processo de cotas na Universidade Estadual de Londrina. A direção é de Vanessa Oliveira , conhecida como Crioulla, filha de Dona Vilma.
Laerte-se
Laerte-se” é um documentário basileiro que retrata a trajetória da cartunista e chargista brasileira Laerte que é considerada uma das mais proeminentes do gênero no Brasil. A mesma viveu “parte de sua vida como homem e assumiu sua transexualidade aos 57″.
Eu não sou um homem fácil
Para quem gosta de comédia, “Eu não sou um homem fácil” conta a história de Damien, um homem explicitamente machista que, ao sofrer um acidente, acorda em um mundo dominado pelas mulheres.
Que horas ela volta?
Esse é um dos filmes feministas brasileiros mais marcantes dos últimos anos e aborda, com maestria, a interseção entre as lutas de gênero e de classe.
